lundi 12 janvier 2015

Portugueses criam etiqueta impossível de falsificar

Dois biólogos da Universidade de Aveiro (UA), desenvolveram códigos de ADN para marcas, uma tecnologia inovadora que pode ser aplicada em qualquer produto para impedir a contrafação.



Projetados no Laboratório de Estudos Moleculares e Ambientes Marinhos (LEMAM) da UA, os códigos podem ser aplicados em qualquer superfície e inseridos em qualquer produto, desde uma obra de arte, a uma peça de roupa ou a um telemóvel, e constituem etiquetas moleculares únicas, de fácil e barata produção e impossíveis de falsificar.



A tecnologia dos biólogos Newton Gomes e Francisco Coelho, da Universidade de Aveiro, permite que, caso a originalidade de qualquer produto que incorpore os códigos seja posta em causa, basta recolher uma amostra do ADN da etiqueta com uma simples cotonete, enviar para o laboratório e esperar pelos resultados da autenticação.



Segundo os dois investigadores, o «segredo» está na dificuldade em ler as etiquetas moleculares sem a “chave” única de cada código, o que impossibilita a sua replicação e aplicação em produtos falsificados.



Newton Gomes, responsável pelo LEMAM, refere que as perdas devido a contrafação e falsificação têm vindo a aumentar, provocando avultados prejuízos no comércio internacional. «Não é só um maior número de produtos contrafeitos que está a penetrar as cadeias de distribuição, é também uma cada vez maior perfeição nos produtos falsificados, existindo mesmo alguns casos em que nem o próprio fabricante consegue distinguir o produto que fabrica do produto falsificado», observa.



Para contrariar a tendência, os códigos de ADN da UA já estão patenteados e prontos a entrarem no mercado.



A tecnologia criada na Universidade de Aveiro produz códigos de ADN a partir da variabilidade de ADN existente na natureza, permitindo criar um código único para cada empresa, ou para cada linha de produtos.



O conceito é semelhante ao código de barras tradicional, sendo que neste caso, a informação está codificada no ADN e não nas barras.



Um dos próximos passos dos investigadores é o da criação de uma tecnologia que permita a verificação da autenticidade no local, seja numa loja, numa feira, ou numa fábrica suspeita de falsificar.



A tecnologia está já em protótipo e a Unidade de Transferência de Tecnologia da Universidade de Aveiro procura agora parceiros de negócio que a queiram implementar nas suas empresas e produtos.








tvi24





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