lundi 26 janvier 2015

Investigadores portugueses criam uma bengala moderna



Foto ilustrativa



Investigadores portugueses criam uma bengala moderna



Uma bengala que utiliza ultra-sons para detectar buracos e declives está a ser desenvolvida na Universidade de Aveiro para ajudar os invisuais, anunciou hoje fonte académica.

A bengala, já em fase de protótipo, produz vibrações no punho, avisando com isso o utilizador que se aproxima, por exemplo, de uma escadaria ou de um buraco no pavimento. O projecto nasceu no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI), em resposta a um desafio lançado à Universidade de Aveiro pela Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC).

O objectivo é acabar com as centenas de acidentes sofridos anualmente pela população invisual, muitos dos quais com consequências graves, derivados dos obstáculos indetectáveis com uma normal bengala.

"Dado que a informação possível de obter com esta bengala é muito maior do que a que é possível obter com as que actualmente existem no mercado, quanto mais informação a pessoa cega ou amblíope tiver menos acidentes existem", congratula-se Victor Graça, presidente da APEC.

Vitor Graça lembra que as barreiras abundam por todo o país: "basta pensarmos, por exemplo, na enorme quantidade de carros estacionados em cima do passeio, nas esplanadas, nos buracos, nas obras não sinalizadas ou nos caixotes do lixo".

Segundo explica José Vieira, investigador do DETI e coordenador do projecto, que contou com a participação dos estudantes Nuno Dias e o Pedro Rosa, a bengala tem incorporado um emissor de ultra-sons que envia um sinal que é reflectido pelo solo.

Dois receptores de ultra-sons detectam o eco e medem o tempo entre a emissão e a recepção e é a partir desse tempo que se consegue saber a distância ao solo. Quando ela ultrapassa um determinado valor, o punho da bengala vibra.

"A electrónica utilizada é de ultra baixo consumo de modo a prolongar ao máximo a duração das baterias", explica José Vieira lembrando que "numa primeira versão incluiu-se uma célula fotovoltaica para prolongar a duração das baterias".



Fonte: Lusa/SOL





Investigadores portugueses criam uma bengala moderna

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