Entrevista ao DN do comissário europeu dos Assuntos Económicos, o francês Pierre Moscovici, que ontem esteve de visita a Portugal.
Diz que não há um plano B para a Grécia que não seja um acordo. Quando espera que aconteça esse acordo com o governo liderado por Alexis Tsipras?
Estamos a trabalhar dia e noite para ter um acordo. Todos queremos a Grécia na zona euro. Em segundo lugar respeitamos o voto do povo grego, pela mudança, por isso ele deve ver alguma mudança, especialmente na área social. Mas a Grécia também precisa respeitar os compromissos assumidos com os seus parceiros. Então, é na combinação destes três princípios que estamos a trabalhar arduamente. Ainda não chegámos a um acordo e não podemos fazer comentários enquanto não chegarmos a ele. Porque, em diplomacia, nada está concluído enquanto não estiver verdadeiramente concluído. É preciso encontrar um acordo global que nos permita desembolsar o dinheiro que ainda está previsto no programa para a Grécia.
Na nova lista de reformas o governo grego já admite privatizações, de portos e aeroportos. Isso é entendido como uma concessão por parte do governo grego?
Não comento só uma medida. Como disse estamos à procura de um acordo que seja global. O problema não é uma palavra, não é apenas dizer "privatizações". O problema é ver como seria, de facto, esse programa de privatizações. O diabo está sempre nos detalhes.
dn
Pierre Moscovici:"A Rússia não é uma alternativa para a Grécia"
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